Monday, September 21, 2009

Leia também a 1ª parte e 2ª parte.


B - Passagem ou tela de filtragem de óleo entupidas

Quando isto ocorre, a bomba de óleo não consegue sugar o óleo do carter e fazê-lo circular pelo sistema, acarretando os mesmos problemas descritos no item anterior.

Por essa razão esses componentes também devem ser cuidadosamente inspecionados, limpos e desobstruídos de forma a garantir a livre circulação do óleo através deles.

C – Válvula de alivio da pressão do óleo emperrada na posição aberta ou com mola quebrada.

Deve-se suspeitar dessa válvula quando a pressão do óleo é baixa. Qundo a mola da válvula de alívio da pressão do óleo está quebrada, com tensão reduzida ou a válvula engripada na posição aberta, temos como resultado, uma baixa pressão de óleo no motor e os riscos de escoriação e engripamento já mencionados.


Uma válvula de alívio da pressão do óleo com a mola quebrada.

É necessário, portanto, desmontá-la para examinar se não está nas condições acima descritas e, dependendo do caso, recondicioná-la ou substituí-la.

D – folga incorreta nos mancais.

Um motor novo com folgas corretas nos mancais e pressão normal da bomba de óleo tem um sistema de lubrificação equilibrado, graças ao qual cada área do motor recebe óleo suficiente para lubrificar adequadamente todas as partes móveis.


Um sistema de lubrificação equilibrado lubrifica corretamente todas as partes móveis.

Por isso, durante uma reforma, todas as folgas de mancais deverão ser corrigidas para o limite recomendado, para que não se altere esse equilíbrio do sistema de lubrificação.

Se, por exemplo, substituímos apenas as bronzinas dos mancais e bielas, o que vai acontecer é que por estes mancais vai passar menos óleo, porque suas folgas vão ficar menores, enquanto que, nos outros mancais, como sua folga são maiores devido ao desgaste pelo uso, a quantidade de óleo que passa por eles vai aumentar e com isso, o sistema fica desequilibrado, com alguns lugares dando passagem e muito óleo e outros, a pouco óleo.


Um sistema de lubrificação desequilibrado pode provocar escoriações devido a falta de lubrificação em alguns pontos.

Como consequência disso, o que pode ocorrer é que, como o óleo lançado pelos mancais de biela serve também para lubrificar os anéis e pistões, diminuindo-se sua quantidade, poderá não haver óleo suficiente para lubrificá-los corretamente, acarretando-lhes escoriações e engripamento.

Quando a reforma não exigir a desmontagem completa do motor, qualquer verificação relativa à folga excessiva dos mancais do comando de válvulas deverá ser feita nessa oportunidade.

Um outro ponto ainda a ser observado é que em muitos motores, existem um sistema composto de uma série de engrenagens e mancais.

Se esses mancais estiverem excessivamente gastos, o óleo irá atravessá-los com muita facilidade, impossibilitando à bomba de óleo manter uma pressão normal, essa diminuição na pressão do óleo, principalmente em motores cujos pistões são resfriados a óleo, também poderá provocar o engripamento dos anéis e dos pistões.

E – Óleo contaminado

Se o óleo lubrificante do motor estiver contaminado como outras substâncias ou muito usado, não cumprirá a contento suas funções de formar uma película que evite o contato de metal com metal entre as partes móveis do motor.

Com isso, haverá um maior atrito entre essas partes, uma maior temperatura nas superfícies em contato e poderão ocorrer escoriações ou engripamento do motor.

A contaminação do óleo do motor poderá ocorrer:

· Pela penetração de água do sistema de arrefecimento no circuito de óleo, através de juntas que não vedam bem ou por rachaduras no bloco e cabeçotes, entre outros.
· Pela diluição de combustível no óleo lubrificante quando o carburador (ou bico injetor) estiver mal regulado ou defeituoso ou quando houver um afogador automático emperrado ou mesmo através de uma bomba de combustível com vazamento interno (Isso é conhecido como “lavagem de cilindro”).
· Pelos resíduos (corrosivos) da combustão quando houver excessiva passagem de gases para o carter.


F – Baixo nível de óleo no carter.

Quando isso acontece, a bomba de óleo, em determinadas circunstâncias, por não haver óleo suficiente para abastecê-la, trabalha em vazio e a pressão de óleo, em todo o circuito, cai a zero.